Ivan Ferreira Serpa (Rio de Janeiro RJ 1923 - idem 1973)
Pintor, gravador, desenhista.
Artista plástico e professor, nascido no Rio de Janeiro em 1923, a partir de 1946 inicia seus estudos em arte com o gravador Axel Leskoschek. Em 1947 expõe na divisão moderna do Salão Nacional de Belas Artes.
No início da década de 1950, seu trabalho já se identifica com a abstração geométrica e sua participaão na I Bienal de São Paulo, realizada em 1951, reitera essa opção. Na ocasião, recebe o Prêmio Jovem Pintor Nacional. A partir de 1952 passa a dedicar-se também a atividades didáticas com crianças em cursos de pintura realizados no Museu de Arte Moderna, atividade da qual não se afastará durante toda sua vida. Em 1953 participa da I Exposição Nacional de Arte Abstrata realizada na cidade de Petrópolis. No ano seguinte, juntamente com outros artistas, cria o Grupo Frente, assumindo sua liderança ao longo de seus dois anos de vida. Participa em 1957 da I Exposição Nacional de Arte Concreta no Rio de Janeiro, ano em que recebe o prêmio de viagem ao exterior do Salão Nacional de Arte Moderna. Viveu na Europa entre os anos de 1958 e 1959, quando volta ao Brasil. Participa em seguida da I Exposição de Arte Neoconcreta realizada no Rio de Janeiro.
No início dos anos 1960 realiza algumas experiências no campo da figuração, entre as quais a chamada "fase negra", de tendência expressionista, que se desenvolve num momento de crise política, que culmina com o golpe militar de março de 1964. A partir de 1965 retorna ao abstracionismo geométrico, introduzindo elementos mais ligados à sensualidade das formas, o que inexistira no trabalho de sua fase concreta desenvolvido ao longo dos anos 1950. Participou das mais importantes exposições ocorridas ao longo da década de 1960 como Opinião 65, Opinião 66 e Nova Objetividade Brasileira, que reuniu os grandes nomes da geração que emergia nas artes plásticas naquele momento. Ainda nas década de 1960 e no início de 1970 desenvolve trabalhos juntamente com Lygia Pape, e Antonio Manuel, e também com Diosísio del Santo, que os reproduziu na técnica da serigrafia.
Recebeu vários prêmios no Brasil e participou de várias bienais realizadas em São Paulo, além de Veneza (1952,1954 e 1962) e Zurique (1960), quando é igualmente premiado. O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro realizou algumas retrospectivas de sua obra nos anos 1965, 1971 e 1974.
Fonte: Itaú Cultural